Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) veem a sabatina do Jornal Nacional no próximo dia 22 como o primeiro teste crucial da campanha à reeleição.

Pela relevância do programa e pelo potencial de audiência, seus auxiliares apostam na presença do presidente como um marco para alavancar seu crescimento nas pesquisas. Há expectativa, inclusive, de alcançar a maior audiência da história do JN.

Bolsonaro foi orientado, mais uma vez, a manter o discurso na cartilha defendida por seus conselheiros mais pragmáticos: melhora na economia, o Auxílio Brasil de R$ 600 e acenos ao eleitorado jovem e às mulheres, nos quais sua rejeição é maior.

Se houver espaço, ele também pretende se comparar com os governos petistas e insistir na pauta de costumes, para fidelizar o eleitorado conservador. Com dificuldade em reduzir a rejeição do chefe do Executivo, a campanha vai intensificar os esforços para aumentar a do concorrente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), associando-o a casos de corrupção e a religiões de matriz africana.

O presidente, no entanto, não aceitou participar de um treinamento de mídia porque, segundo um ministro palaciano, não aceita ser moldado. Ele vai seguindo o seu “feeling”.